Curiosidades

A primeira escola de odontologia do mundo, fundada por Horace A. Hayden e Chapin Aaron Harris, em 1º de fevereiro de 1840, Baltimore College of Dental Surgery, começou a funcionar com quatro professores a 3 de novembro de 1840, diplomando dois dentistas após um curso de 16 semanas.

Sucessivamente, em todas as nações firmou-se um aprimoramento dos estudos odontológicos, de descobertas e aperfeiçoamento. Na área cirúrgica alcançou-se um alvo extraordinário : a descoberta da anestesia por Horace Wells em 1844 com a aplicação de gás hilariante, ou protóxido de azoto, ou ainda, óxido nitroso.

John M. Riggs foi o primeiro a extrair um dente mediante anestesia pelo óxido nitroso. Em 1847, James Simpson introduziu a anestesia por clorifórmio.

Em 1853 é idealizada a primeira seringa para anestesia que em 1867 foi aperfeiçoada em vidro.
Em 1856 adotou-se o sistema de próteses fixas e em 1869 confeccionavam-se coras em ouro semelhantes às atuais. (Profª. Maria Devanir Figlioli, em “A Odontologia no Brasil no Século XX”)

Segundo os antigos, o sol curava todas as enfermidades, inclusive as afecções odontológicas. Também os gregos primitivos adoravam o sol, sendo Apolo o Deus Sol, sua divindade.

Na Igreja Católica, Polônia, ou Santa Apolônia é a imagem à qual se rende tributo para as dores dentárias. E uma analogia muito sugestiva nos chama a atenção entre o culto a Apolo e a história de Santa Apolônia, de quem se conta foram quebrados todos os dentes com pedras afiadas, na Alexandria pagã; o dia instituído para o seu culto foi 9 de fevereiro e 11 de fevereiro para Apolo.

Possivelmente, a história de Santa Apolônia nada mais é do que uma forma de culto a Apolo, entre os cristãos, que não podendo adorar ao Sol para acalmar suas dores dentárias, por ser um Deus pagão, criaram uma Santa com seu nome (Apolônia) em uma virgem cristã martirizada no século III d.C. (ano 248) em Alexandria, durante o reinado de Felipe, o Árabe.

Conta-se que Santa Apolônia, em maio a seu suplício, pediu a Deus que todos os que sofressem de dores dentárias ao invocar seu nome, especialmente em 9 de fevereiro, teriam suas dores imediatamente acalmadas. Profª. Maria Devanir Figlioli, em “A Odontologia no Brasil no Século XX”.

Uma fórmula egípcia de pasta de dente, que data do século 4 a.C., foi recentemente encontrada em uma coleção de papiros da Biblioteca Nacional de Viena, Áustria. Os ingredientes incluem sal, menta, pimenta e flor íris seca.

Segundo o dentista Heinz Neuman, “ninguém sabia que uma fórmula de pasta dental avançada existisse na antiguidade”, disse ao jornal “London Daily Telegraph”. Até então, a receita mais antiga foi encontrada em correspondências entre monastérios trocadas no século 4.

A primeira pasta dental comercializada surgiu em 1873. Antes dessa data, as pessoas limpavam os dentes com uma mistura de sabão e água salgada.

História – Segundo Maria Devanir Figlioli, professora adjunta de orientação profissional do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia de Araraquara, a escova dentária em sua forma primitiva é conhecida há séculos. Na África, na Índia e na América Latina foram utilizados ramos de arbustos com aproximadamente 20 centímetros de comprimento que eram mastigados, convertendo-se em pincéis utilizados como escovas.

A odontologia deve muito à descoberta do Ebers papyrus transcrito em 1550 a.C. e que trás 811 receitas para a conservação dos dentes. O papiro é o mais completo e importante dos receituários conhecidos e depois suas conhecimentos foram  incorporados à farmacopéia helênica.

Os detergentes dentais então seguiam matérias-primas cuja eficiência era conhecida e outras desconhecidas, como sal comum e gordura. Para tirar a dor e conservar os dentes, os antigos utilizavam-se de substâncias estranhas e repugnantes como o sêmen de homens e animais, leite de mulher e excrementos humanos e animais

Os primeiros tratamentos dentários eram feitos no chão e hoje confortáveis cadeiras seguem ergonomia que acomodam o paciente.

Dizem que ir ao dentista é uma falta de prazer. O tratamento ainda oferecer dor. Porém, o avanço tecnológico tem diminuído esta dor.

Se voltarmos para séculos atrás notamos que o atendimento era feito em condições precárias.
O local onde era feito o tratamento dentário foi alvo de uma longa evolução. Nos primórdios, o “dentista” sentava-se no chão diante do paciente para realizar o tratamento. Os gregos criaram a primeira cadeira para fins cirúrgicos. A definição de consultório odontológico surgiu através de Pierre Fuchard, considerado o “pai da odontologia moderna”. Em Paris, a partir de 1719, ele passou a colocar o paciente em uma cadeira com um encosto almofadado. Na época, o dentista é quem ia atrás do paciente e não vice-versa.

A cadeira odontológica mais antiga que se tem conhecimento foi utilizada por Josiah Flagg nos Estados Unidos entre 1790 e 1812. Era de nogueira, possuía um almofadado para a cabeça e apoio para os braços. A cadeira era sempre colocada próxima a uma janela pois o tratamento era feito com a luz natural.

Nos anos de 1930 surge a industrialização das cadeiras odontológicas, próximas aos padrões atuais.
Nos anos 70 ela toma o formato atual, com mesas e aparelhos auxiliares. Atualmente, as cadeiras seguem a ergonomia do paciente, dando-lhe comodidade e facilitando os diversos ângulos que o dentista precisa para a realização dos procedimentos.

Cadeira portátil de fácil montagem e acoplada a uma caixa com a qual era transportada ao lugar “onde o paciente estava”. Utilizada entre 1885 a 1930.

O “motorzinho” ou trépano a pedal. O da reprodução é de 1929 mas ele existida desde o início da década de 1760. Um dentista pedalava igual a uma máquina de costura e outro aplicava o “motorzinho” no dente cariado. Devido à trepidação, o paciente sempre tinha seu dente aberto mais que o necessário.

Embora pareça que o paciente está preso, as cintas no tórax, no abdômen e nas pernas serviam para sua segurança, evitando o deslizamento do corpo. A cadeira é da década de 1920, menos anatômica que as atuais, lembrando bem uma cadeira de barbeiro.

O resultado da pesquisa divulgada em janeiro passado pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) – nos Estados Unidos – é surpreendente! Os pesquisadores apresentaram uma lista de cinco invenções, para que os entrevistados indicassem qual é a mais importante. Em primeiro lugar, quem diria, ficou um dos inventos mais simples da história: a escova de dentes!

A escova ficou adiante do automóvel, do computador, do celular e do micro-ondas, demais itens apresentados na pesquisa que utilizou a forma induzida para ouvir as pessoas.

Um porta-voz do instituto disse que a pesquisa prova que as coisas simples são mais importantes.
A primeira escova da história – feita com pêlos de porco, teria sido inventada há 505 anos por um imperador chinês.

Em uma pesquisa informal, o Fantástico da Rede Globo de TV ouviu brasileiros em cinco cidades. São Paulo, Curitiba, São Luiz, Cuiabá, e Juiz de Fora. O resultado também surpreendeu. Confirmando a pesquisa americana, a escova de dentes surgiu em primeiro lugar, com 39% dos votos da pesquisa.

Manuscritos encontrados nas escovações de Ur, na Babilônia, em 3.500 a.C., o meio utilizado para a limpeza dos dentes eram palitos de ouro. Entretanto, os auxiliares mais primitivos na limpeza dos dentes foram pedaços de ramos ou gravetos, que eram esfregados ou atritados sobre os dentes.

Em 3.000 a.C., Heri-Ré, tido como o primeiro cirurgião-dentista conhecido na história recomendava os dedos para a limpeza dos dentes. A literatura chinesa menciona, em 1.600 a.C., o “datuna”, que era uma haste de madeira macia que as pessoas mastigavam para higienizar os dentes.

No início da Era Cristã, os romanos demonstravam preocupação com a higiene da boca e, por volta de 100 d.C, Plínio, o Jovem, estabeleceu alguns conceitos sobre o tipo de material utilizado para a confecção da primeira escova dental. Ele alertava que escovas confeccionadas com penas de urubu não eram aconselháveis, por causar mau hálito, sendo o ideal escovas com cerdas de porco-espinho.

Em 1488, no Reino Unido, James IV adquiriu duas escovas de ouro com uma corrente para usar ao redor do pescoço. Devido ao alto custo, as escovas constituíam um privilégio das classes sociais mais abastadas, sendo consideradas obras de arte, com cabos ornamentados por metais e pedras preciosas.

Por volta desta época, eram confeccionadas na China escovas que tinham por matéria-prima pelo de porco e cercas feitas de crina ou cauda de cavalo, fixados em um osso bovino ou marfim.

A escova dental parecida com as atuais surgiu em 1780 feita por Addis em um cabo de osso com pelos naturais introduzidos em buracos feitos em uma das extremidades e presos por arame.
A primeira patente da escova foi feita em 1857 por Wadsworth e em 1880 começaram a ter seus cabos feitos de plástico.