O aleijado

O aleijado

Fausto Bérzin

As atividades acadêmicas da FOP, quando no prédio velho, iam até sábado ao meio dia. Terminado o expediente, grande número de alunos e professores se reuniam no bar do ZÉ, situado na esquina da rua Boa Morte.

Um belo sábado, em uma dessas reuniões, os alunos combinaram de fazer uma festa, fizeram uma vaquinha e compraram os ingredientes.

A festa foi numa república e durou até a madrugada, com uma bebedeira generalizada.

Na manhã seguinte, quando todos ainda dormiam, foram acordados com gritos lancinantes:

– Estou aleijado ….estou aleijado!!

O pessoal todo acordou e correu para o quarto de onde vinham os gritos e perguntaram para o autor dos gritos, o que havia acontecido. Ele chorando respondeu:

– Estou paralitico…. estou paralitico.

Levantaram as cobertas e foi um espanto geral.

Passado o momento de estupefação, encheram o pobre coitado de pancadas.

Ele havia, na bebedeira, enfiado as duas pernas numa só perna de pijama, daí a paralisia.