CDs e médicos podem ser obrigados a digitalizar receitas

O receituário não será digitalizado em caso de atendimento emergencial externo, mas deve ser escrito em letra de forma

Projeto de lei do Mato Grosso pode obrigar a digitalização de todas as receitas médicas e odontológicas, pedidos de exames e impressos expedidos pelas unidades públicas e privadas de saúde. A medida, se aprovada, será lei nos 141 municípios do estado. Isso ocorre para evitar a falta de compreensão da receita médica e odontológica – por causa da letra do profissional de saúde.

O projeto é de autoria do deputado Dilmar Dal Bosco (DEM). O receituário não será digitalizado em caso de atendimento emergencial externo. Mas deve ser escrito por meio de letra de forma. A única parte da receita que não poderá ser digitalizada será a assinatura com o seu respectivo carimbo, constando o número de inscrição no Conselho Regional de Medicina ou de Odontologia.

Em sua justificativa, o parlamentar destaca uma pesquisa realizada na Escola de Saúde Pública da Universidade de Minnesota, nos EUA, que analisou 12 estudos comparando erros médicos com receitas feitas à mão e computadorizadas. A pesquisa concluiu que cerca de um quarto dos pacientes enfrentam erros de medicação – incluindo remédio e dosagem errados, horário da medicação trocado ou falta do medicamento necessário. Além de melhorar a segurança do paciente, os sistemas computadorizados tornam mais fáceis à vida dos farmacêuticos.