Hepatites virais: vacina, prevenção importante

Para que o cirurgião-dentista previna-se das hepatites virais, o melhor é tomar as três doses da vacina contra o vírus B, e estimular que todo o seu pessoal auxiliar faça o mesmo. O ideal é que os profissionais vacinados realizem o teste anti-HBs 30 a 60 dias após o esquema completo de vacinação. Os imunizados irão apresentar o anti-HB reagente. Outra medida essencial para evitar contaminação pelos vírus da hepatite no consultório odontológico é seguir corretamente todas as normas de biossegurança. Isso vale para todos os pacientes, já que qualquer um pode ser portador de doenças infecciosas, seja assintomático ou não. Em caso de acidente ocupacional, o CD deve procurar serviço especializado para que sejam tomadas as medidas necessárias.

Como um profissional de saúde, o CD também deve alertar os seus pacientes para que fiquem atentos para a importância do diagnóstico ainda na fase assintomática da doença, insistir na prevenção e dar destaque às vacinas contra os vírus A e B. A vacina da hepatite B está disponível em todas as salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS) para a população de 0 a 19 anos e grupos de maior vulnerabilidade, como profissionais de saúde, gestantes, manicures, pedicures e podólogos, bombeiros, policiais, carcereiros, usuários de drogas, pessoas reclusas (presidiários, internos de hospitais psiquiátricos, etc.), portadores de HIV, e outros. Também são considerados vulneráveis à hepatite B, por ser uma doença sexualmente transmissível, e com acesso à vacina pelo SUS profissionais do sexo, caminhoneiros, portadores de outras DSTs, homens que fazem sexo com outros homens (HSH), lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT).

Diferente da B, a vacina contra hepatite A não faz parte do calendário nacional de vacinação. Isso quer dizer que só é possível recebê-la pelo SUS com o encaminhamento do médico, ou nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) para determinados grupos. Entre esses casos específicos estão os portadores de hepatopatias crônicas ou dos vírus das hepatites B e C; as crianças menores de 13 anos com HIV/Aids; imunodepressão terapêutica ou por doenças imunodepressora; candidatos a transplantes de órgãos sólidos, entre outros. O recomendável é que todos os profissionais de saúde e os indivíduos com teste AntiVHA IgG negativo, ou seja, suscetíveis ao vírus A, devem se vacinar. – Antonio Jr. (OdontoSites)